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escrever é esquecer, falar é esconder a voz. por isso só escrevo para chegar ao branco da última palavra.  Nome: Luis Miguel Lavrador Idade: Para ter juízo País: Portugal Ocupação: Ocupado mike na tailãndia fotos do mike directamente do sião... blog do filipe reflexologia clandestino mercado negro you've got mail craveiro nabo and stuff reflexões desconexas iluminado quadradinhos ruinas circulares inagaki alexandre gil obvious bitaites sem wonderbra chulo e terapeuta psicotapa eroticidades judiaria zombie blitzkrieg webcedario ene coisas seculo prodigioso ao mirante nelson rititi abrupto boacabelo paulo querido aviz charutojazzblog makinghappy overcaffeinated phono phunk boudist  
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 inspirado em Cervantes : « O sonho mais longo é a vida, da qual temos de despertar para começar a nossa verdadeira existência. Enquanto não chega o momento, temos de configurar esta aparente realidade à medida das nossas exigências, de modo a que não reste ao espírito conta por cobrar, façanha por cumprir, batalha por travar ou motivo que o faça regressar... Sempre soube que eram moinhos, querido Sancho, mas já não restam gigantes.» Imaginei que seria apropriado colocar estas palavras na boca de D. Quixote no seu leito de morte. O texto funciona como remate final e tem como destinatário Sancho Pança, a personificação do comodismo, o Homem de vistas curtas, porém amigo e fiel. Após o último suspiro do seu amo e lavado em lágrimas Sancho declamaria o seguinte poema: Ninguém nos ensinou o que era correcto nem que a vida, bem administrada, era maravilhosa. Metade de nós perdeu-se no caminho, tentando entender as coisas mais simples. De certeza que a vida era maravilhosa, mas andamos e andamos e este caminho não acaba nunca. . " Um vaso é feito de terra endurecida, mas é unicamente pelo espaço vazio que ele é útil. Fazem-se portas e janelas na casa em construção, mas é unicamente pelo espaço vazio que elas são úteis." LAO TSE, ' TAO TE KING' Durante muito tempo procurei e encontrei no Tao a explicação. Quase sempre compliquei e confundi. Hoje encontrei um paralelo da filosofia de Lao num poema que gosto muito...é de Mia Couto e vem no livro ' Vinte e Zinco', é assim: Houve tempo que me apeteciam infinitos Hoje, afastei as cortinas e não escrevi outra vida para mim Abri sem querer o céu: de nada se embriagaram os meus olhos. Agora, basta-me viver. . Não canto porque sonho. Canto porque és real. Canto o teu olhar maduro, o teu sorriso puro, a tua graça animal.  Canto porque sou homem. se não cantasse seria o mesmo bicho sadio embriagado na alegria da tua vinha sem vinho.  Canto porque o amor apetece. Porque o feno amadurece nos teus braços deslumbrados. Porque o meu corpo estremece por vê-los nús e suados.  . Por motivos de ordem pessoal vou manter-me afastado por algum tempo. Será possível enviar alguns posts esporádicamente, no entanto os próximos dias são meus e só meus... e isso ninguém me tira! ;-) Um abraço a todos, Miguel . |
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